Gêmeas siamesas de Manaus recebem alta após 107 dias de internação no Hecad

As meninas nasceram no dia 9 de abril e foram diagnosticadas como toracoonfalópagas, compartilhando o mesmo fígado – (Foto: Reprodução)

Procedimento complexo reforça papel do hospital como referência nacional em cirurgias de alta complexidade pediátrica pelo SUS

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) celebrou, no último sábado (9/8), a alta médica das gêmeas siamesas Eliza Vitória e Yasmin Vitória, nascidas unidas pelo tórax e abdômen e separadas com sucesso há quase três meses. O procedimento foi realizado no dia 13 de maio, com duração de cerca de cinco horas, pelo cirurgião pediátrico Dr. Zacharias Calil, especialista nesse tipo de cirurgia há mais de 25 anos e integrante do corpo clínico do Hecad, unidade referência nacional em pediatria de alta complexidade.

As meninas nasceram no dia 9 de abril, em Manaus (AM), e foram diagnosticadas como toracoonfalópagas, compartilhando o mesmo fígado. Aos 15 dias de vida, foram transferidas por UTI aérea para Goiânia (GO), onde passaram a ser acompanhadas por uma equipe multiprofissional do Hecad.

Após a cirurgia de separação, Eliza e Yasmin permaneceram internadas na UTI Pediátrica até o fim de junho e, posteriormente, seguiram para a enfermaria, totalizando 107 dias de internação. Desde a chegada, a mãe, Elizandra Henrique, e a avó materna, Eliana Henrique, residiram na unidade como acompanhantes, recebendo todo o suporte das equipes multiprofissionais do hospital e acompanhando de perto cada etapa da recuperação.

A alta médica foi marcada por momentos emocionantes: profissionais se reuniram para cantar parabéns pelo quarto mês de vida das meninas e formaram um corredor de aplausos para celebrar a recuperação. Já a alta hospitalar aconteceu no domingo (10/8), ainda pela manhã, quando Eliza e Yasmin se despediram da equipe e seguiram para Manaus (AM), onde foram recepcionadas no aeroporto pela família.

A mãe, emocionada, resumiu em gratidão o que viveu no Hecad: “A felicidade de voltar para casa não tem tamanho. Só tenho a agradecer a todos os profissionais do hospital, que ajudaram a dar esperança de um futuro para minhas filhas. O que antes eu via como uma luz no fim do túnel agora é um dia lindo e ensolarado. Esses mais de 100 dias foram de muita luta, mas sempre encontrei forças e amparo no ombro e nos abraços de cada profissional de saúde que passava por nós todos os dias. Vou levar o Hecad para sempre no meu coração e espero voltar para visitar quando as meninas estiverem maiores.”

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