Várias ocorrências já foram abertas por clientes junto a Delegacia do Consumidor
Policiais militares da CPE de Aparecida de Goiânia desarticularam na última sexta-feira (1/8) um esquema de extorsão e cobrança indevida para execução do serviço de desentupimento de pia e caixa de gordura. A vítima, uma senhora de 76 anos, moradora do Jardins Milão, em Goiânia, foi obrigada a pagar mais de R$ 15 mil pelo trabalho.
O proprietário da empresa, de 29 anos, acompanhado pelo funcionário, de 28 anos, foram até residência da idosa no dia anterior. Após a execução do serviço, eles informaram à vítima que o valor a ser pago seria R$ 15.025,70. Depois de ficar surpresa e contestar o valor elevado, os autores passaram a coagir a idosa, exigindo o pagamento imediato. Sentindo-se ameaçada e constrangida, a vítima realizou o pagamento.
Outras vítimas
Conforme verificação da seção de análise criminal do 2º CRPM e CPE, consta em desfavor da empresa o registro de quatro ocorrências por fatos semelhantes que aconteceram nos bairros Jardins Atenas, Parque Atheneu, Vila Maria Rosa e Setor Bueno, na capital. Os crimes aconteceram nos dias 29 de outubro de 2024, 14 de fevereiro, 10 de junho e 8 de julho deste ano. O alvo da empresa, de acordo com verificações preliminares, eram pessoas idosas.
No início do mês, uma das vítimas registrou o fato na Delegacia do Consumidor, em Goiânia, por cobranças abusivas. Segundo ela, o proprietário da empresa teria repassado que o valor padrão para execução do desentupimento do vaso sanitário seria R$ 320,00. Com o desconto, o serviço ficaria por R$ 290,00. No final, ele informou que o custo total do trabalho seria R$4.640,00 referente a 16 disparos de gás utilizado no sistema de encanação. Porém, de acordo com a vítima, o serviço durou menos de um minuto.
O grupo, alvo de três inquéritos já instaurados na Delegacia do Consumidor, ostenta nas redes sociais uma vida de luxo e exposição de dinheiro. A última conquista celebrada pelo casal responsável pela empresa é a aquisição de um jet-ski no valor de aproximadamente R$ 100 mil. O funcionário e o casal foram encaminhados para a CGF de Goiânia.