Justiça afasta vereador que fazia esquema de ‘rachadinha’

Presidente da Câmara foi intimado por juiz a convocar o suplente para assumir o cargo de vereador

Ao acolher pedido feito em ação proposta pela 2ª Promotoria de Justiça de Cristalina, o juiz Thiago Inácio de Oliveira determinou o imediato afastamento de Pablo Rocha Magela do cargo de vereador, sem prejuízo da remuneração, até o fim da instrução processual.

Pela decisão, proferida nesta sexta-feira (24/7), ficam também bloqueados os bens do vereador, até o limite de R$ 74.488,77, assim como do ex-servidor comissionado e ex-secretário de Esportes Vinícius Alexandre Soares Batista Abujamra, até o limite de R$ 24.829,59. Os dois são acusados do esquema de ‘rachadinha’.

Segundo o promotor Ramiro Carpenedo Martins Netto, trata-se de um desdobramento da investigação criminal que culminou na deflagração da Operação Toma Lá Dá Cá, em março deste ano, que cumpriu mandados de busca e apreensão em desfavor de cinco vereadores e dois servidores, e a prisão preventiva de três edis.

O esquema

Na ação, um dos depoentes esclareceu que a “rachadinha” não se restringia aos servidores comissionados, uma vez que também os efetivos que recebem gratificações acabavam destinando parte dessa verba aos vereadores.

Verificou-se ainda que os réus realizaram, entre si, operações bancárias de saques, depósitos e transferência de valores. Como exemplo, é citado que, no dia 20 de dezembro de 2018, Vinícius realizou saque no valor de R$ 5.629,59 e, na mesma data, depositou exatamente o mesmo valor na conta de Pablo Magela.

O juiz Thiago Inácio determinou que o presidente em exercício da Câmara Municipal de Cristalina, de acordo com o Regimento Interno da Casa Legislativa, convoque o suplente para assumir o cargo de vereador. (Cristina Rosa / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – foto: Banco de Imagem)

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