LAVA JATO: MPF denuncia Baldy e outros dez

Alvos são denunciados por corrupção, peculato, fraude a licitações e organização criminosa

A Força-Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou onze pessoas pelo cometimento de crimes de corrupção, peculato, fraude a licitações e organização criminosa. Entre os denunciados estão o ex-ministro das Cidades e presidente do Progressistas em Goiás, Alexandre Baldy, seu primo Rodrigo Sérgio Dias e o ex-presidente da Juceg Rafael Lousa.

De acordo com as investigações, o envolvimento de Baldy e seu primo com as práticas criminosas teve início com a intermediação da liberação de pagamentos para a organização social Pró-Saúde, em razão dos serviços de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso), em Goiás, que foi administrado pela Pró-Saúde entre 2010 e 2017.

Como os pagamentos estavam em atraso, Baldy e Rodrigo usaram da influência do primeiro, que era secretário de Comércio do Estado de Goiás, para que os valores fossem repassados à organização social. Em troca, os agentes públicos receberam vantagens indevidas na ordem de R$500 mil. Os valores foram pagos em espécie na cidade de Goiânia.

Baldy e Rodrigo prosseguiram na prática de crimes, intermediando a contratação da empresa constituída pelos ex-funcionários da Pró-Saúde. O MPF identificou que houve fraudes em licitações promovidas pela Junta Comercial de Goiás (Juceg) e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O esquema contava com a indicação de aliados de Baldy para o controle dos órgãos que pudessem contratar a empresa. A partir daí, ocorria o direcionamento da licitação, sempre mediante pagamento de vantagens indevidas aos agentes públicos.

Na Juceg, a fraude teve o apoio do seu então presidente, Rafael Lousa, que teria sido indicado por Baldy ao cargo, e se associou aos propósitos da organização criminosa, contratando a empresa dos colaboradores e recebendo, assim como Baldy, dinheiro em espécie. Outros dois funcionários da junta comercial também receberam propina, diretamente em suas contas-correntes, o que foi facilmente identificado a partir do afastamento do sigilo bancário deles.

Clique aqui para acessar a denúncia na íntegra.

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