Polícia desarticula grupo que furtava, vendia e furtava novamente o mesmo maquinário agrícola

Policiais civis cumprem mandados de busca e apreensão contra grupo que agia contra pecuaristas – (Foto PCGO/Divulgação)

Associação criminosa atuava nas cidades de Goiânia, Rio Verde, Itumbiara e Goianira

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), com o apoio do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais de Itumbiara e da Central de Flagrantes de Rio Verde, promoveu, na segunda-feira (29/12), a operação Ciclo Fechado visando desmantelar grupo criminoso especializado em crimes patrimoniais contra o agronegócio.

A ação realizada em Goiânia, Rio Verde, Itumbiara e Goianira visou o cumprimento de três mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de valores na ordem de R$ 2 milhões, em desfavor de investigados que atuavam nas quatro cidades.

As investigações, conduzidas no âmbito do Inquérito Policial que apura furtos qualificados em Buriti Alegre/GO, demonstraram que o grupo subtraía equipamentos de agricultura de precisão (monitores e antenas GPS) da propriedade rural, gerando a necessidade de reposição urgente pela vítima.

Dias depois, integrantes do grupo, utilizando empresas de fachada e nomes falsos, “vendiam” equipamentos de reposição para a mesma vítima. A investigação comprovou tecnicamente que os itens vendidos eram, na verdade, produtos de crimes anteriores praticados pelo próprio grupo.

Mapeamento da segurança

Aproveitando-se do acesso à fazenda durante a entrega dos equipamentos vendidos, os criminosos mapeavam a segurança e o acesso. Alguns dias após a venda retornavam à propriedade e furtavam novamente os mesmos aparelhos que haviam acabado de vender, causando duplo prejuízo ao produtor.

Além desse ciclo, o grupo é investigado por atrair vítimas para emboscadas sob a falsa promessa de devolver bens furtados mediante “resgate”, quando praticava roubos com emprego de arma de fogo. Estima-se que a associação tenha causado um prejuízo superior a R$ 1,9 milhão à vítima monitorada neste inquérito.

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