Presos um ex-vereador e ex-servidores suspeitos de cobrar R$ 1 milhão em propinas, em Goiás

Veículos de luxo e armas apreendidas na Operação Cherokee realizada pela Draco – (Foto Divulgação PCGO)

Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas deflagrou a Operação Cherokee e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Goiânia, Caturaí, Cristianópolis e Catalão

A Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) identificou e prendeu uma associação criminosa que, entre os anos de 2016 a 2018, extorquiu diversos empresários goianos, mediante a prática do crime de corrupção, obtendo mais de R$ 1 milhão em propinas.

Na manhã desta quinta-feira (13), os policiais civis da Draco deflagraram a Operação Cherokee e cumpriram 14 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Caturaí, Cristianópolis e Catalão.

Estão presos um ex-vereador, antigos servidores públicos, familiares e outras pessoas que participaram do esquema de corrupção. Foram apreendidos dois veículos de luxo, armas, um relógio de luxo, dinheiro em espécie (incluindo dólar), documentos e celulares. Entre os investigados estão dois ex-vereadores de Catalão. Um deles não foi preso e é considerado foragido.

A quadrilha identificava empresários interessados em instalar seus estabelecimentos em distritos industriais administrados pela GoiasIndustrial (hoje Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás – Codego) e passava a cobrar propina deles para dar andamento nos processos administrativos na Codego.

De acordo com o inquérito policial, alguns empresários se recusaram a pagar as propinas e eram ameaçados no sentido de que as empresas já instaladas nos distritos da Codego seriam despejadas. O esquema de obtenção de vantagens ilícitas era tão corriqueiro, que parte dos investigados assinava “recibos das propinas” recebidas. Um dos investigados utilizou cheques emitidos pelos empresários chantageados para comprar um veículo Cherokee para seu uso pessoal, sendo essa a origem do nome da operação.

A Polícia Civil identificou pelo menos nove empresas vítimas do grupo criminoso, número que pode aumentar com a próxima etapa das investigações.

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