Justiça classifica ação como “descabida”
Um promotor aposentado acusou o apresentador William Bonner de integrar uma organização criminosa para promover a vacinação infantil contra a Covid-19. Conforme a ação, Bonner e outros integrantes da TV Globo são acusados de induzir a população “ao suicídio, de causar epidemia e de envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo”.
Wilson Issao Koressawa, autor da ação, ainda pediu que o jornalista fosse proibido de “incentivar a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário”. A ação foi movida após o editorial do Jornal Nacional divulgado no último dia 6, em que teceu críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no que se refere a sua conduta frente a imunização contra o coronavírus.
Hoje bolsonarista, Koressawa já foi filiado ao PSol e já disputou o cargo de deputado distrital, em 2006, quando teve 1 mil votos e não foi eleito.
Justiça
Neste domingo (16), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios rejeitou a ação e a classificou como “descabida”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley argumentou que “o Poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa — quando não incendiados — por parte das instituições, sejam elas públicas ou não”.