Empresários relatam insatisfação com o escalonamento da Prefeitura de Aparecida

Conforme organizadores, a mobilização contou com a participação de cerca de 600 veículos

Por Marcelo Mendes

Na última sexta-feira (10) foi realizado em Aparecida de Goiânia uma manifestação dos empresários contra o escalonamento imposto pela Prefeitura de Aparecida durante a pandemia provocada pelo coronavírus (Covid-19). O movimento foi iniciado na Avenida Tropical, no Setor Garavelo por volta das 14h e encerrado na Cidade Administrativa, por volta das 18h30. Conforme os organizadores do protesto, foram contabilizados cerca de 600 carros na carreata.

De acordo o empresário do ramo supermercadista, Willian Ludovico, o objetivo da manifestação foi alcançado e que agora a classe empreendedora aguarda uma posição do prefeito Gustavo Mendanha (MDB).

“Esperamos que o prefeito tenha a sensibilidade de buscar o seu diagnóstico, que a metodologia aplicada só amplificou a contaminação. E a nossa proposta nada mais é de que ele cumpra a lei. Porque o poder municipal jamais dá conta, por meio de uma portaria ou lei, modificar, complementar, reduzir ou aumentar o efeito da lei estadual ou federal. Então que ele venha, de maneira humilde ou sensata ou administrativa e reveja a portaria 035. Em vez de falar em fiscalização, que ele busque dar apoio”, declarou Ludovico ao Goiás365.

O empresário Marcelino Azevedo, que também atua no ramo supermercadista, disse que espera que o escalonamento seja revisto, pois trás diversos prejuízos para a categoria.

“O que nós precisamos é sair desse escalonamento. Nós somos essenciais e nós trabalhamos com coisas perecíveis que amanhã a gente tem que jogar fora por culpa desse escalonamento. Então nós precisamos que volte ao normal”, recomendou Marcelino.

Azevedo ainda reforçou que os empresários estão dispostos a dialogar com o prefeito. “Nós somos a classe essencial e é isso que reivindicamos ao nosso prefeito. Que ele possa nos ouvir, marcar uma audiência e ver esse lado nosso. Pois temos boletos a pagar, aluguel a pagar, família para tratar, temos funcionários que dependem da gente”, enfatizou o supermercadista.

Para a empresária do ramo de ferragista, Aritana Vieira, fechar de duas a três vezes por semana não resolve o problema da disseminação do coronavírus.

“Dessa maneira a categoria está muito insatisfeita porque eles estão falando que há aglomeração de pessoas e aí a gente vê que os nossos clientes estão saindo das nossas regiões para consumir na região vizinha. Somando aí uma aglomeração de pessoas ainda maior”, argumentou a empresária.

Aritana ainda pontuou que há diversos custos que precisam ser arcados e que o fechamento amplia ainda mais os prejuízos. “Nós temos funcionários para manter nas nossas lojas, temos folha de pagamento, impostos, várias despesas a arcar. E a categoria de ferragista e materiais de construção está sendo uma das classes mais prejudicadas hoje”, destacou a empreendedora.

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