Goiás pode ter lockdown de uma semana

Fechamento do comércio está sendo debatido entre autoridades

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou nesta sexta-feira, dia 26, reunião por videoconferência com representantes das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), para analisar e debater a atual situação da pandemia da Covid-19 e seu enfrentamento em Goiás. O objetivo é instruir procedimentos das promotorias de Justiça de Saúde de Goiânia.

A reunião tratou de aspectos da assistência em saúde, tais como a capacidade dos leitos hospitalares, o desabastecimento de medicamentos e medidas para enfrentamento ao avanço da doença, em atenção aos planos de contingenciamento, considerando a necessidade de isolamento social.

Ao contrário do que muitos querem, que é a abertura geral do comércio, – coisa que, aliás, está acontecendo-, uma das medidas debatidas é o fechamento total das atividades econômicas no Estado de Goiás durante uma semana para evitar colapso das redes hospitalar pública e privada que já estão com a capacidade de leitos de internação e de UTI praticamente esgotada.

Como se sabe, o isolamento social em Goiás tem uma das médias mais baixas do Brasil, de cerca de 34%. O objetivo com o lockdown é atingir pelo menos 50% e essas autoridades entendem que a melhor forma de aumentar a eficiência no combate ao coronavírus e o isolamento social com fechamento do comércio, deixando apenas as atividades essenciais funcionando.

O governador Ronaldo Caiado tem reunião na manhã desta segunda-feira, dia 29, com prefeitos e autoridades dos demais poderes estaduais para debater o assunto. “Estamos no epicentro da epidemia, sabemos que este momento chegaria. Como função de um governador, trabalhamos arduamente, o que não tínhamos em Goiás, temos hoje uma regionalização da Saúde”, disse Caiado.

“Até o começo de agosto vamos enfrentar a maior crise de disseminação do Covid-19 junto a população goiana. Temos que estar de braços unidos, declarou o governador.

Participaram do encontro, pelo MP-GO, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno; a coordenadora da Área da Saúde do Centro de Apoio Operacional, Karina D’Abruzzo, e os promotores de Justiça com atuação na capital Marcus Antônio Ferreira Alves, Heliana Godói e Marlene Nunes Freitas Bueno. Pelo Estado, participaram o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino; a procuradora Marcella Moliterno; e os superintendentes de Atenção Integral à Saúde, Sandro Rogério Batista; do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, Neusilma Rodrigues; e de Performance, Marcelo Trevenzoli. Já a saúde municipal esteve representada pela secretária, Fátima Mrué, e equipe, enquanto a Ahpaceg, pelo presidente, Haikal Helou, e o assessor jurídico da entidade, Ricardo Baiocchi.

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