Com extensão de 44 km de pista dupla, nova rodovia vai desviar o trânsito da BR-153, desafogando o tráfego de veículos nas áreas urbanas da capital e cidades vizinhas
O novo Anel Viário de Goiânia terá 44 quilômetros de pista dupla e visa desviar o tráfego pesado da BR-153, que hoje passa pelos perímetros urbanos da capital, de Aparecida e de Hidrolândia e impacta diversos municípios da Região Metropolitana.
O projeto foi apresentado pelo prefeito Sandro Mabel na manhã desta terça-feira (24/6), em reunião no 6° andar do Paço Municipal com o vice-governador Daniel Vilela, com os prefeitos de Aparecida, Leandro Vilela, de Hidrolândia, José Délio Júnior, de Bonfinópolis, Lucas do Galdino, do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) em Goiás e no Distrito Federal, Flávio Murilo Prates, e várias autoridades.
“Essa é uma obra importante para a Região Metropolitana como um todo. Hoje, quase o dia todo, a rodovia está congestionada. São 44 km que saem de Goianápolis, na Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre Anápolis e Goiânia, e vai passar por Senador Canedo, Goiânia e Aparecida, saindo praticamente em Hidrolândia”, detalhou Mabel.
Compromisso
Durante o evento, autoridades das três esferas de governo reafirmaram o compromisso com a execução da obra, que já foi aprovada pelo Dnit e terá recursos federais. A licitação será feita por meio de Regime Diferenciado de Contratações (RDC), modelo que permite agilidade na contratação integrada, incluindo projeto executivo e execução da obra. A previsão é que os trabalhos comecem no primeiro trimestre de 2026 e que a entrega ocorra em até três anos após o início das obras.
Pavimento rígido
Mabel explicou que a pista será construída com pavimento rígido nas vias expressas, o que garante durabilidade e reduz a necessidade de manutenção. O traçado contará com mais de 30 obras de arte especiais, como viadutos e pontes.
Estrutura do novo eixo viário
A estrutura será composta por 45 obras especiais (OAEs), totalizando 3.320 metros de extensão, distribuídas em 10 pontes e 35 viadutos, com 11 interconexões e 11 passagens de nível sem conexão. O projeto prevê ainda 26 km de interligações com outras rodovias. O Volume Médio Diário (VMD) estimado para 2035 é de 21.844 veículos.
O valor atualizado da obra, considerando o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) de julho de 2023, é de R$ 948.431.665,92.
Licenciamentos ambientais
A Prefeitura de Goiânia e os demais municípios envolvidos devem colaborar com a atualização dos licenciamentos ambientais e as desapropriações. Segundo Mabel, o Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Secov-GO) se comprometeu a viabilizar 100% das desapropriações necessárias sem custos para o poder público.
Estado dará prioridade à obra
“É um projeto estratégico para o Brasil, ligando o Norte ao Sul do país. Nem Goiânia nem Goiás podem esperar por outra concessão para que a obra seja executada. Precisamos agir com rapidez”, declarou o vice-governador Daniel Vilela.
Os deputados federais Rubens Otoni e José Nelto destacaram que o projeto já superou as etapas mais complexas e que está aproado no Dnit. “Vamos garantir o dinheiro. Com união de forças, essa obra vai acontecer”, disse José Nelto, relator do Orçamento da União na área de infraestrutura.
Impacto da obra
Para Mabel, o impacto da obra será imediato para a Região Metropolitana. “Vai permitir que Goiânia e Aparecida respirem, que a BR-153, hoje transformada em avenida dentro da cidade, volte a funcionar com mais eficiência. O trânsito vai melhorar e a qualidade de vida da população também”, afirmou.